sábado, 27 de outubro de 2018

Gerando mais energia e economia com a maior turbina eólica do Brasil!


Uma turbina com um rotor de 158 metros, que produz energia suficiente para suprir o consumo de mais de 7,5 mil casas da população brasileira. Essa dimensão do rotor é o novo recorde mundial. No país, a turbina terá até 200m, altura equivalente a mais de 5 vezes o tamanho do Cristo Redentor, localizado no Rio de Janeiro!
A nova máquina se mostra uma escolha correta para os ventos brasileiros, pois as características de média a alta velocidade com a baixa turbulência permitem operação com a geração maximizada, utilizando toda a potência de 4.8MW da máquina. Além disso, a combinação de um rotor maior e diferentes torres otimiza o custo da geração nas diferentes regiões do Brasil.Com 4.8 MW de potência, essa é a primeira turbina onshore da GE a superar a marca de 4 MW. “A primeira turbina da GE no Brasil tinha 1,5 MW. Hoje, graças aos avanços da tecnologia, estamos trabalhando com uma turbina eólica três vezes maior e muito mais poderosa!”, comenta.Minesh esteve no Brasil pela primeira vez no final de julho, para garantir que tudo estivesse pronto para o lançamento da 4.8 em solo verde-amarelo. Ao trazer esta máquina para cá, a GE coloca o Brasil no mesmo patamar tecnológico de qualquer outro país do mundo. “O avanço com esta turbina mostra o poder da GE, da inovação e do vento para produzir soluções inovadoras que tornam a energia eólica ainda mais valiosa. A indústria eólica ainda está dando seus primeiros passos no Brasil e é incrível pensar em como ela pode mudar a produção de energia deste país”, completa.
O desenvolvimento da máquina, que começou no ano passado, levou cerca de 18 meses. “Temos uma equipe incrível que trabalhou no desenvolvimento desta turbina, coletando informações e feedback de nossos clientes para nos ajudar a projetar uma turbina que atenda às suas necessidades específicas. Eu não poderia estar mais feliz em trazer energia ilimitada com baixo custo, um grande avanço para o Brasil ”, diz Minesh.
A turbina 4.8 foi oficialmente lançada hoje na Brazil Wind Power, o maior evento de energia eólica da América Latina. Fique ligado em nossos canais para saber das novidades e curiosidades.
Fonte: GE

Histórias sobre a transformação digital da indústria e tendências de inovação em energia




Diversificando energia: é hora da energia solar brilhar!
Você sabia? A energia solar já é uma realidade para diversificação de geração de eletricidade! A energia proveniente do sol vai muito além do autoconsumo, com instalações em casas, por exemplo. As usinas solares são as grandes responsáveis pela produção de energia elétrica para a distribuição na rede.

Como o principal segmento da América Latina, segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o país fechará o ano com a capacidade instalada no setor perto de 2,5 GW, um crescimento de cerca de 115% em relação ao ano passado.

Ainda é um setor novo no país — tem cerca de 4 anos — e começou a crescer quando o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) definiu regras para estimular a criação de uma cadeia produtiva de equipamentos fotovoltaicos no país juntamente com o avanço exponencial da tecnologia solar no mundo que trouxe reduções relevantes de custos para os equipamentos utilizados nessa fonte de energia.

Os incentivos possibilitaram a entrada de algumas empresas nesse setor no Brasil, entre elas a GE, que teve seu negócio de energia solar no Brasil criado no mesmo período. A ideia de ter uma divisão voltada para esse mercado no Brasil veio de um projeto de Guilherme Souza, atual líder de vendas para o Brasil da Power Conversion, na época em que ele ainda era trainee na empresa. “Durante o programa da GE somos incentivados a desenvolver projetos para diversificar as formas de negócio da empresa, além de trazer inovação para suas áreas de atuação”, explica ele.

A Solução adotada pela GE foi produzir localmente o Inversor de Frequência da Família LV5 1510, equipamento que converte a energia produzida pelos painéis solares em corrente alternada, bem como as estações transformadoras, pequenas subestações, utilizadas para conectar toda a solução à rede.

Ambas as soluções foram nacionalizadas de acordo com as regras do BNDES para obtenção do código FINAME, fundamental para nossos clientes na obtenção de financiamento de longo prazo.

Por meio das das unidades GE Power Conversion e Grid Solutions, hoje temos a capacidade de fornecer a solução completa para nossos clientes, desde as estações transformadoras, linha de transmissão e subestações transformadoras de alta tensão.

Todo esse trabalho e diferenciação é reflexo da curva de crescimento do negócio. Ao longo de apenas três anos, as vendas cresceram mais de vinte vezes. “Era um segmento novo para todos e nós apostamos desde o início”, comenta Guilherme. “Adaptamos nossas soluções para a realidade brasileira, e mantivemos um grande foco em atender as necessidades de nossos clientes. Acredito que essa união entre o conhecimento sobre o mercado de energia Solar dos nossos clientes, unido à nossa presença local e ao relacionamento com os principais agentes públicos brasileiros ajudou muito no nosso desenvolvimento e sucesso.”, completa Osmar Guidelli, Líder de Vendas para a América Latina da GE Power Conversion.

Hoje, a GE é líder no segmento com mais de 1GW de energia solar no Brasil. A parceria mais recente foi feita com a Construtora Quebec. A GE irá gerenciar a montagem e a manutenção necessárias na usina Vale Verde III, em Guanambi, na Bahia, incluindo as estações conversoras, transformadores e subestações de alta tensão, bem como a conexão com o Sistema Integrado Nacional.

A planta terá capacidade de geração de 14MW, quantidade suficiente para abastecer uma cidade com aproximadamente 17 mil residências por ano.

Como funciona uma usina solar?

Para que as usinas solares funcionem são necessários diversos equipamentos, além das grandes placas que estamos acostumados a ver.

Os inversores convertem a energia produzida pelos painéis — corrente contínua — em corrente alternada, que é ideal para o consumo em casas e empresas. Para serem transmitidas para linhas de alta tensão é necessária uma tensão bem mais alta do que a convertida, é aí que os transformadores entram.

A eletricidade produzida pela usina de energia solar é transmitida pelas redes de transmissão de energia e distribuída para o uso em sua casa ou empresa.

Quer saber mais como a GE está contribuindo para termos um país energeticamente mais eficiente e sustentável? Clique aqui e conheça nossas histórias. Não se esqueça de se inscrever também no formulário abaixo para assinar nossa newsletter e não perder as novidades!

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

New Data Logger. Novo Software.





Logger mais duro e mais inteligente de dados a partir de hoje. Projetado para profissionais do setor em vento e avaliação de recursos solar. Novo Gerenciamento de Energia Inteligente. Alta capacidade bateria de lítio interna. Conexão de Rede. RS-485 compatível. Avançado Rastreamento História Sensor. Software de desktop novo com controle multi usuário opcional. 

O Orbit 360 é uma evolução em nossa tecnologia logger já comprovada. Ao lado dela ser mais fácil do que nunca configurar e instalar, traz vários novos recursos significativos para mais flexibilidade e para a confiabilidade ainda mais reforçada. 

Nossa mais recente coletor de dados inclui uma nova porta Ethernet e é agora totalmente compatível com RS-485 sensores inteligentes. Além disso, inclui memória expandida redundante, à prova de falhas cabo de alimentação e uma nova e poderosa bateria de backup de lítio interna que, em combinação com o novo “gerenciamento de energia inteligente”, garante autonomia de “emergência” por até 150 dias.


Fonte:

Kintech Engineering/Arivaldo Bispo

domingo, 4 de março de 2018

FARRA DO VENTO, TURBINAS EÓLICAS



CURIOSIDADES!!!

Uma energia eólica e ideal para produzir energia elétrica. As máquinas utilizadas não são processadores, são turbinas eólicas.
Um parque eólico é um centro para a produção de energia elétrica a partir do poder cinético do vento. Eles são constituídos por um conjunto de máquinas chamadas turbinas eólicas conectadas ao vermelho de distribuição elétrica.
A necessidade de uma velocidade de 19 km / h, embora seja melhorado com uma velocidade entre 40 e 50 km / h.

VANTAGENS

Não emite produtos poluentes, nem gera resíduos que afetam o meio ambiente.
Ele se regenera naturalmente.
Tempo necessário para a instalação de um parque eólico muito baixo.
Sua custódia competitiva contra outros tipos de energia.

DESVANTAGENS

Sua produção, irregular e descontinuada, é condicionada à existência de energia.
Impactos paisagísticos, apesar do fim de sua vida útil, ou de uma regeneração completa.


Arivaldo Bispo

quinta-feira, 1 de março de 2018

Trabalho em Altura Reparos Blades




Equipes de reparos são experientes em uma variedade de pás eólicas e tipos de materiais.
Amplo conhecimento e experiência em soluções para as diversas atividades verticais e suas funcionalidades.
Por exemplo limpeza, reposição de VG, cosméticos e pequenos reparos realizados por grupo altamente treinado de acesso por corda. Reparos estruturais, aplicação de fita adesiva (proteção da borda de ataque) entre outros trabalhos, recomendamos usar a plataforma Suspensa de 360 graus, isso quer dizer, da raiz a ponta poderemos acessar pá em todos os lados e partes com ela na vertical.

Diversos passos do reparo:
Reparos em Pontas e proteção de bordo;
Reparos externos;
Reparos internos;
Reparos em garantia;
Reparos em Naceles e Hubs;
Reparos em Hubs e Spoilers;



Planejamento projetos, fazendo análises dos procedimentos que possibilitam o melhor gerenciamento de equipamentos, produtividade e economia de tempo. De acordo com a demanda e necessidade de nossos clientes, traçamos nosso plano de trabalho para atender as expectativas e garantir a qualidade.


Arivaldo Bispo

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

COMPLEXO EÓLICO SERRA DA BABILÔNIA



O Complexo Eólico Serra das Babilônia é um projeto de geração de energia eólica de iniciativa das empresas PEC Energia e Rio Energy.
O complexo está localizado no interior da Bahia, em um local onde os ventos são extremamente favoráveis à conversão em energia elétrica devido a uma excepcional combinação de fatores. Além do clima, o relevo com topo amplo – sempre acima de 800 metros – oferece ventos com maiores velocidades e constância, resultando em um projeto com alta eficiência de geração.
Composto por 95 aerogeradores que oferecem uma capacidade instalada de 223 MW, a produção de energia será suficiente para abastecer uma cidade com 2 milhões de habitantes/ano.
Vencedor do leilão LER/2015, foi o projeto que mais vendeu energia nesse certame. O início da entrada em operação será em 01/11/2018.

Fonte: Exame.com/PEC Energia

Arivaldo Bispo

domingo, 28 de janeiro de 2018

Pirapora, a mais poderosa estação de energia solar da América Latina

Usina Solar Pirapora 

Localizada no estado brasileiro de Minas Gerais, entrou em operação duas das três fases do projeto solar fotovoltaico Pirapora com potência acumulada de 284 MWp.

No total, a produção do complexo solar mais poderoso da América Latina, de quase 400 MWp, fornecerá eletricidade para 420 mil famílias no Brasil a cada ano.

O projeto beneficia de contratos de vendas de eletricidade de 20 anos (PPA), concedidos em 2014 e 2015 no contexto de um leilão de reserva federal, para a CCEE (Câmara de Marketing Eletrônico). .

A EDF Energies Nouvelles possui 80% das ações do complexo solar da Pirapora, sendo que os 20% restantes são detidas pela Canadian Solar Inc. (CSI), uma das principais empresas de energia solar do mundo, que fabrica localmente os 1.235.070 painéis solares do complexo.

Os módulos são instalados em estruturas de rastreamento para um eixo horizontal, para otimizar a eficiência da instalação.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) liberou as operações comerciais de quatro usinas solares fotovoltaicas em Pirapora (MG). O despacho com o anúncio foi publicado, no Diário Oficial da União.

Foram liberados 61,9 Megawatts (MW) dos quatro empreendimentos (Pirapora 5, 7, 9 e 10) que estão sendo construídos pela EDF Energies Nouvelles, em sociedade com a fabricante de equipamentos Canadian Solar. Eles foram contratados no 7° Leilão para Contratação de Energia de Reserva, promovido em 2015.
Complexo solar é o primeiro de grande porte a iniciar a operação comercial na região Sudeste. Quando concluído, terá capacidade instalada com 120 MW de potência – o que equivale ao atendimento a 190 mil residências.

O comissionamento completo da Pirapora está previsto para o segundo semestre de 2018.

Fonte: EDF Energies Nouvelles/Diário Oficial da União.

Arivaldo Bispo

terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Brasil pode se tornar o primeiro país do mundo a cobrar royalties do vento



O aumento da produção de energia elétrica pode fazer com que o Brasil se torne o primeiro país a cobrar royalties do vento e isso já está recebendo críticas.

A mais importante fonte de energia do Brasil sempre foi a mais barata e competitiva de todas. Isso até semana passada. Pela primeira vez na história dos leilões de energia, a água foi ultrapassada pelo vento. O preço da energia eólica ficou mais barato em comparação com o das três últimas grandes hidrelétricas construídas no país. Ficou também bem mais em conta que o preço médio de todas as hidrelétricas contratadas desde o início dos leilões de energia, há 12 anos.

O preço da energia solar também despencou (R$ 145,68 = mwh) e ficou menor até que o das termelétricas a gás. A boa notícia é que tudo isso ajuda o consumidor. "Se não fosse a energia eólica, o consumidor brasileiro estaria pagando mais caro pela energia neste momento", afirma Elbia Gannoum, presidente da ABEÓLICA.

O vento é a fonte de energia que mais cresceu no Brasil nos últimos cinco anos. Já são 503 parques eólicos instalados e 2017 foi um ano em que recordes importantes foram quebrados: por alguns dias, a energia eólica chegou a abastecer mais de 12% de todo o Brasil. Na região Nordeste, passou dos 60%.

São números tão impressionantes que já há no Congresso Nacional um movimento que defende a cobrança de royalties do vento. Pela proposta de emenda constitucional, o vento é um recurso que pertence a todo o povo brasileiro e é justo que os benefícios econômicos dessa atividade sejam compartilhados. O texto também afirma que as fazendas eólicas ocupam vastas áreas que limitam a realização de outras atividades econômicas, como o turismo.

Autor da proposta, o deputado Heráclito Fortes, do PSB do Piauí, quer estender a cobrança dos royalties para a energia solar: “Não é justo que nós tenhamos esse potencial de produção, não só de eólica como de solar, e não se usufrua nada. Você desvia a finalidade da terra. São áreas que poderão ser usadas para agricultura ou para outros fins”.

Para o ex-presidente da empresa de pesquisa energética a cobrança de royalties e professor do COPPE, Maurício Tolmasquim, é um retrocesso: “Não tem lógica nenhuma essa proposta de cobrar royalties da energia eólica. A energia eólica é uma fonte renovável, não poluidora, que tem aumentado a renda de regiões pobres do Nordeste onde pequenos proprietários estão podendo aumentar um pouco a sua renda, e que trouxe várias fábricas de equipamentos que se instalaram no Nordeste, criaram empregos e ainda estão trazendo receita para o governo”.

Quando o assunto é energia limpa e renovável, o vento continua soprando a favor. Até quando, ninguém sabe.


Arivaldo Bispo

segunda-feira, 1 de janeiro de 2018


REVISTA EXAME

O empresário que fez fortuna com a força do vento
O empresário Mário Araripe, ex-dono da Troller, entrou quase por acaso no mercado de energia eólica e tornou-se um dos principais nomes do setor
Por Ana Luiza Daltro



São Paulo — Na pequena turma de alunos do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) — um dos principais centros de excelência em ensino de engenharia do país — formados em 1977, todos estavam familiarizados com turbinas de aviões.

Um dos engenheiros diplomados naquele ano, Mário Araripe, faria décadas depois fortuna com um tipo de turbina que ninguém imaginava ser necessária num Brasil que, então, só pensava em energia hidrelétrica — as turbinas eólicas, as que transformam a força dos ventos em eletricidade.

Hoje com 61 anos, Araripe é dono da Casa dos Ventos, empresa que chamou recentemente a atenção ao vender, por 2 bilhões de reais, duas usinas eólicas à companhia inglesa de energias renováveis Cubico. Embora tenha sido a maior transação da história do setor no Brasil, aquela não foi a primeira grande tacada de Araripe nesse ramo. E nem deve ser a última, ao que tudo indica.

Afinal, mais do que produzir energia elétrica, a Casa dos Ventos, fundada em 2007, especializou-se em desenvolver projetos de usinas eólicas — e vender o empreendimento quando surge uma boa oportuni­dade de negócio. Depois de vender duas usinas à Cubico, a Casa dos Ventos tem agora três parques próprios, todos ainda em construção, com capacidade de 705 megawatts.

Além disso, tem participação acionária em outras usinas que somam 657 megawatts. Ao longo de quase dez anos, já vendeu usinas em diferentes estágios de implantação. Resumindo: de todos os negócios que colocou em pé até hoje, a Casa dos Ventos já se desfez de mais de 70%.

E não foi pouca coisa — ao todo, a empresa participou do desenvolvimento de um terço dos parques eólicos atualmente em operação ou em construção no Brasil. Apesar do papel de destaque que ocupa no setor, é curioso notar que Araripe entrou nesse negócio quase por acaso. Depois de se formar no ITA, ele foi trabalhar em uma empresa da família de seu sogro, a Têxtil Bezerra de Menezes, em 1980.

Saiu um ano depois para montar o próprio negócio, a construtora Colmeia, que venderia em 1994. Por essa época, o empresário adquiriu duas companhias têxteis, nas quais detém participação até hoje. Empreendedor serial que foi enriquecendo aos poucos, Araripe ganhou notoriedade em 1997, quando comprou a fabricante de veículos utilitários Troller, que estava quebrada.

Ele reergueu a montadora cearense, chamando a atenção da americana Ford. Em 2006, Araripe vendeu a Troller para a Ford por estimados 700 milhões de reais, em valores atuais. De posse dessa fortuna, resolveu se arriscar mais uma vez em um novo negócio. Foi aí que entrou o acaso. Por sugestão de um ex-colega de turma no ITA, Odilon Camargo, o empresário passou a analisar com interesse o setor eólico.

Camargo foi responsável pelo primeiro grande levantamento sobre o potencial eólico do Brasil, elaborado para o Ministério de Minas e Energia, e se tornaria o principal consultor de Araripe no desenvolvimento do novo negócio. Nascia assim a Casa dos Ventos.

“A importância que Camargo tem no sucesso da Casa dos Ventos precisa ser destacada. Ele é simplesmente o maior especialista em energia eólica do Brasil”, diz um ex-executivo de uma das principais fornecedoras da empresa. Seu braço direito na Casa dos Ventos é o filho Lucas, um administrador formado na escola de negócios Insper e responsável pela área de desenvolvimento de projetos da empresa. 

Virna, psicóloga com MBA na Universidade Colúmbia, nos Estados Unidos, está à frente da área de suprimentos. A caçula, Lara, trabalha no departamento responsável pela pesquisa das localidades que vão abrigar novos parques eólicos. Araripe tem mais um filho, Tasso, o único que não trabalha com o pai. Nos últimos anos, o mercado de energia eólica se tornou disputado.

Endesa, Renova Energia, Iberdrola Renovables, EDP e Duke Energy estão entre as gigantes que se instalaram no Brasil. Araripe, que chegou antes dessa turma toda, conseguiu dar tacadas certeiras porque investe muito dinheiro para encontrar lugares onde, de fato, venta de verdade. Para isso, construiu uma fábrica de torres de medição e distribuiu mais de 500 delas pelo país.

As torres fazem anos de medições e, só depois disso, Araripe decide onde vai investir. Embora os agentes reguladores do governo exijam que os estudos de viabilidade de um parque eólico incluam a construção de uma torre de medição num raio de 10 quilômetros, a Casa dos Ventos adota a proporção de uma torre a cada 3 quilômetros.

Isso, é claro, aumenta os custos do projeto (cada torre custa em torno de 300 000 reais), mas diminui o risco de instalar usinas em lugares onde o vento não vai soprar forte e de modo constante. “O vento é mais previsível do que parece, mas é preciso realizar muitos estudos para reduzir os riscos do negócio”, diz Araripe. Mas o que realmente pesou a favor foi o crescimento da energia eólica no Brasil.

Quando Araripe investiu no setor, essa fonte representava apenas 0,2% da matriz elétrica brasileira. Dois anos depois do nascimento da Casa dos Ventos, o governo promoveu o primeiro leilão de comercialização exclusivamente para a energia eólica. A iniciativa foi um sucesso e abriu caminho para novos leilões nos anos seguintes.

Hoje, a fonte eólica representa 6% da energia elétrica gerada no Brasil e, em poucos anos, a fatia deve aumentar para 10%. Com o aumento da escala de produção, os preços da eletricidade gerada pela força dos ventos caiu e ela se tornou mais competitiva com a energia de fonte hidrelétrica — que, por sua vez, enfrenta cada vez mais restrições no campo ambiental.

O avanço possibilitou a vinda ao país de diversos fornecedores de equipamentos, os quais estabeleceram uma cadeia de produção local para cumprir o esdrúxulo índice de 60% de conteúdo local exigido pelo BNDES — o banco estatal financia até 70% dos valores de cada projeto eólico. 

A combinação de vantagens tem feito da construção de parques eólicos um investimento atraente. Mas o negócio tem seus perrengues. Um deles vem do fato de que os parques costumam ser afastados dos centros urbanos, exigindo linhas de transmissão longas.

A licitação das linhas depende do governo e, como se sabe, depender do governo é sempre um perigo — linhões têm atrasado a ponto de haver usinas prontas sem condições de entregar a energia aos consumidores. Para Araripe, até agora, tudo deu certo: o vento, afinal, só soprou aqui.



Fonte: REVISTA EXAME