sábado, 25 de janeiro de 2020

Eólica Offshore Brasil - Nordeste



A fim de acompanhar as movimentações do mercado brasileiro sobre a fonte eólica offshore, a EPE manteve interações com diversos órgãos governamentais (MME, Aneel, Ibama, Marinha, SPU, entre outros), pesquisadores e empresas com projetos em desenvolvimento no país e/ou experiência nesse segmento internacionalmente.  Há que se destacar as contribuições obtidas durante o workshop “Energia Eólica Marítima”, organizado pela EPE em abril de 2019, evento que contou com ampla participação de agentes interessados. Adicionalmente, a EPE contou com o apoio em ações de capacitação da equipe, incluindo missões técnicas, oferecidas pela Embaixada Britânica no Brasil, GIZ (Agência Alemã de Cooperação Internacional) e Banco Mundial.

Destaque: Nordeste possui melhor potencial eólico offshore acumulado por região.


Projetos eólicos offshore em licenciamento no Brasil
Atualmente, seis projetos eólicos offshore estão com processo de licenciamento ambiental em curso no Brasil, todos ainda na fase de licenciamento prévio. Destaca‐se que até o momento apenas um empreendimento, por conta de suas características técnicas, está sendo licenciado por meio de procedimento simplificado.
Os estudos de potencial realizados pela EPE apontam para a existência de potencial técnico de cerca de 700 GW em locais com profundidade até 50 m. É importante aprofundar as análises utilizando dados meteoceanográficos e inserindo restrições nas áreas exploráveis como, por exemplo, áreas de proteção ambiental, rotas comerciais, rotas migratórias de aves, áreas de exploração de petróleo ou outras áreas com usos conflitantes. Mesmo com as restrições apontadas, o potencial energético é suficiente para que as usinas eólicas offshore possam se apresentar como opções futuras no atendimento do país.
Em relação aos aspectos tecnológicos da fonte eólica offshore, identificada uma tendência de utilização de turbinas eólicas de grandes dimensões, com potências nominais mais elevadas e que demandam uma maior atenção na escolha do tipo de fundação, e de escalas maiores de projetos, características que a diferenciam em relação a fonte eólica onshore.


Velocidade do Vento a 100m – Base CEPEL




Fonte:
EPE. Empresa de Pesquisa Energética. 
IRENA.  International Renewable Energy Agency.  Global wind atlas.  2015.  Disponível em:
https://irena.masdar.ac.ae/gallery/#tool/10.
GOMES, M. S. S. Proposta de uma metodologia para utilização de energia eólica offshore no litoral sudeste do Brasil.  2018.  126p.  Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção), Universidade Federal de São Carlos, Sorocaba, 2018. 
GWEC. Global Wind Energy Council.  Global wind report 2018. 2019a. 
GWEC. Global Wind Energy Council.  Global offshore wind report 2019. 2019b. 
IEA. International Energy Agency. IEA Wind TCP Task 26 –Offshore wind international comparative analysis. 2018a. 
IEA. International Energy Agency. Offshore energy outlook. 2018b. 
IRENA. International Renewable Energy Agency. Renewable energy technologies: Cost analysis seres – Wind Power. 2012. 
IRENA. International Renewable Energy Agency. Innovation outlook: Offshore wind. 2016a. 



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