segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Robô da IBM substitui 34 funcionários de empresa no Japão

IBM: Watson vai realizar tarefas repetitivas no lugar de humanos (Reprodução/Thinkstock)

São Paulo – O IBM Watson, que a empresa define como uma plataforma de computação cognitiva, substituiu 34 funcionários de um escritório de seguros no Japão, de acordo com o jornal local The Mainichi.

Esse robô funciona como um software de análise de dados com inteligência artificial, que ajuda gestores a tomarem decisões, entre outras centenas de funções. Essencialmente, ele “pensa” como um ser humano e consegue interpretar textos, áudios, imagens e vídeos, mesmo que eles não estejam estruturados.

O Watson vai começar a atuar neste mês na Fukoku Mutual Life Insurance Company lendo documentos médicos e determinando pagamentos com base em ferimentos, históricos e procedimentos médicos.

O investimento inicial da operação é de 1,7 milhão de dólares, com manutenção anual de 128 mil dólares. A empresa espera poupar 1,1 milhão de dólares por ano com o uso do IBM Watson. A Fukoku Mutual Life Insurance Company também utiliza a inteligência artificial para analisar ligações para seu call center, identificando a linguagem dos clientes entre positiva e negativa.

O Watson ficou conhecido em 2011, ao vencer humanos em um programa de perguntas e respostas na TV, o Jeopardy. Essa tecnologia da IBM aprende conforme analisa informações e ajuda empresas a reduzir custos e melhorar o atendimento aos clientes.

Um exemplo de atuação no Brasil é no banco Bradesco. O Watson aprendeu o nosso idioma e a companhia ensinou o sistema a responder mais de 50 mil perguntas dos funcionários sobre suas rotinas de trabalho.

O Fórum Econômico Mundial prevê que a inteligência artificial pode eliminar mais de 7 milhões de empregos nas 15 maiores economias nos próximos anos. Enquanto essas plataformas realizam trabalhos repetitivos, humanos podem ter mais tempo livre para executar tarefas que exigem mais “humanidade”.

Diversos aplicativos para smartphones também utilizam o Watson, como o Nutrino, o Record e o MeCasei



Fonte: http://exame.abril.com.br/tecnologia/robo-da-ibm-substitui-34-funcionarios-de-empresa-no-japao/


Arivaldo Bispo

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Os grandes avanços tecnológicos que vão mudar sua vida em 2017



Se você viu em um filme, é provável que se torne realidade em 2017. Como nas histórias de ficção científica, os telefones mais populares do ano novo serão (quase) completamente formados apenas por uma tela. Alguns de nós passaremos a usar computadores no rosto. E há grandes chances de que algum tipo de inteligência artificial (IA) tome decisões por nós.

Sim, o teletransporte ainda está longe de virar realidade. Mesmo assim, as tecnologias de consumo reservadas para os próximos 12 meses são de impressionar qualquer um. A lista a seguir foi montada com base em conversas com profissionais da indústria, no monitoramento de tendências e, é claro, em consultas à nossa bola de cristal para identificar quais tecnologias causarão impacto no curto prazo.

Uma coisa que nos surpreendeu este ano é a crescente importância do software. Você não precisará necessariamente comprar um telefone, uma TV, um relógio ou uma caixa de som novos para ter acesso aos avanços da inteligência artificial. Eles virão na forma de atualizações e aplicativos, bem como em novos dispositivos reluzentes. Isso também tem sua desvantagem: Se você ainda não foi atacado por um hacker, as chances de virar uma vítima de uma invasão serão ainda maiores em 2017. E uma série de grandes empresas continuará a consolidar poder sobre o que você lê e assiste.

Vídeo móvel para todos

Quer queira ou não, você verá mais vídeos em seu smartphone no ano que vem. Facebook Live. Twitter Live. Instagram Live (e Histórias). Com novos recursos de “streaming” de vídeo, todas as principais redes sociais estão prometendo se transformar numa televisão portátil em seu bolso. Elas também estão ameaçando virar em breve o Snapchat, o serviço de mensagens com base em imagens no qual mais de 10 bilhões de vídeos são vistos todos os dias. Considerando que o vídeo é um grande consumidor de dados, as operadoras de celular oferecerão planos mais reforçados e incentivos para aumentar nossa capacidade de transmissão de dados. (Nos Estados Unidos, as operadoras T-Mobile e Sprint já adotaram de volta os planos ilimitados. Outras operadoras, incluindo a Verizon, começarão a testar redes 5G para um futuro sem fio ainda mais rápido.)

A volta do computador de rosto

Quatro anos após o fracasso do Google Glass, usar um computador em seus óculos já não é uma ideia tão distante. Há alguns meses, muitos consumidores passaram horas na fila para comprar um par de Snap Spectacles, os óculos de sol com câmera embutida fabricados pela controladora do Snapchat. E o sucesso do aplicativo Pokémon Go demonstrou a milhões de pessoas o potencial da tecnologia da realidade aumentada (RA), que sobrepõe informações digitais ao mundo real. Uma grande vantagem da RA sobre a realidade virtual é que ela é muito menos isolante.

Em 2017, veremos óculos que projetam imagens em nosso campo de visão, provavelmente uma nova versão do promissor dispositivo HoloLens, da Microsoft, o bastante aguardado Magic Leap, e possivelmente até algo produzido pela Apple.

Caixas de som inteligentes

O controle de voz fez grandes progressos em 2016, com as caixas de som Echo e Echo Dot levando a conveniência de conversar com a Alexa, a assistente digital da Amazon, a milhões de lares americanos. Prevemos uma invasão ainda maior dessa tecnologia em 2017. A caixa de som Sonos vai se integrar com a Alexa para que o usuário possa ter os benefícios da assistente de voz sem sacrificar a qualidade de áudio, e a GE e outros fabricantes de eletrônicos vão adicionar a Alexa a lavadoras, máquinas de lavar louça, entre outras coisas. Ao mesmo tempo, a assistente virtual Cortana, da Microsoft, vai aperfeiçoar uma das caixas de som da Harman Kardon, e o Google planeja melhorar sua própria caixa de som inteligente Home com serviços de terceiros.

Facebook tratará as notícias seriamente

O Facebook há muito tem evitado assumir suas responsabilidades como uma empresa de mídia. Mas o ciclo eleitoral de 2016 produziu críticas tanto da esquerda quanto da direita sobre como a rede social lidou com as notícias — reais e falsas. Com a chegada de 2017, o diretor-presidente Mark Zuckerberg vem fazendo promessas sobre novos esforços para classificar certas histórias como falsas, ferramentas para identificar informações erradas e alianças com grupos de verificação de fatos. A guerra do Facebook contra as “notícias falsas” poderia mudar a forma como a informação é consumida por centenas de milhões de pessoas e reduzir a amplificação da ignorância facilitada pelo Facebook.

Robôs na estrada

Este é o ano em que os robôs começam a tomar conta da direção dos carros. É difícil encontrar uma montadora — seja ela a Honda, a Hyundai ou a BMW — que não esteja oferecendo modelos 2017 com opções de assistência ao motorista, como frenagem automática para evitar colisões e direção automática para evitar mudanças inesperadas de pista. Esses recursos — juntamente com Wi-Fi, sistemas de navegação e inúmeros sensores — estão abrindo caminho para um futuro de direção conectada e sem motorista. Não é algo tão remoto quanto você imagina. Este ano, será possível até andar em um carro de direção totalmente autônoma. A Uber começou um programa-piloto em Pittsburgh pelo qual veículos Ford robotizados apanham passageiros do serviço de táxi por aplicativo. Mas não se preocupe, “motoristas” humanos estarão lá por garantia.

Um alerta sobre privacidade

Os crimes cibernéticos evoluíram em 2016, com o Yahoo anunciando que teve um bilhão de senhas de usuários roubadas e o governo americano culpando hackers por terem influenciado as eleições dos EUA. Em 2017, há grandes chances de que você seja vítima de um hacker — se ainda não foi. Ativistas de direitos digitais soarão alarmes sobre uma ampliação da vigilância do governo. Empresas com interesse na divulgação de publicidade de produtos e serviços como o Google também estão mais agressivas na compilação de dados detalhados sobre perfis e comportamentos de usuários da web. O que você pode fazer para se defender? Fique de olho em senhas, atualizações de software e mensagens criptografadas. Já há registro de um aumento nos downloads do aplicativo de bate-papo seguro Signal.

A revolução dos consoles

Em 2017, a Microsoft lançará um novo Xbox com foco na realidade virtual e a Nintendo apresentará o Switch, um console híbrido modular que pode ser tanto fixo na TV quanto portátil. A Sony provavelmente também apresentará um novo PlayStation. Os sistemas de jogos costumavam durar de seis a oito anos, mas a tecnologia de entretenimento está avançando a um ritmo mais rápido com videogames mais agressivos e novas funções de exibição, como a resolução 4K e cores de grande alcance dinâmico (HDR, da sigla em inglês). Os jogos de realidade virtual também exigem mais poder de computação. A menos que os fabricantes de console queiram tentar vender novo hardware todos os anos, eles precisam de uma mudança de paradigma para que seus sistemas possam adotar novas funções mais rapidamente.

O ano das telas

O iPhone 7 ofereceu, em grande parte, mais do mesmo (menos um fone de ouvido). E o Galaxy Note 7, da Samsung, entrou para a história, mas pelos motivos errados. Se 2016 foi o ano em que o smartphone ficou chato, 2017 será o ano de sua reinvenção. Saltos na tecnologia de tela e software pavimentarão a maior revolução dos telefones em anos. A Apple deve fazer esforços extremos no aniversário de 10 anos do iPhone. Há rumores de modelos sem nenhum botão com telas curvas OLED. A Samsung, que vem promovendo o design curvo e sem ângulos há algum tempo, provavelmente continuará a tendência com o Galaxy S8, dando ao seu principal telefone nova funcionalidade de inteligência artificial.

Teste à neutralidade da net

A neutralidade da net está entrando numa era escura. No ano passado, a Comissão Federal de Comunicações dos EUA impediu provedores de serviços de internet como a Verizon de cobrar taxas para que serviços como a Netflix cheguem aos lares de seus clientes em velocidades mais rápidas. Mas os membros da equipe de transição do presidente eleito Donald Trump parecem mais solidários com os provedores de serviços de internet. Para os consumidores, um relaxamento das regras de neutralidade da net poderia significar mais poder (e, por sua vez, mais dinheiro) nas mãos das operadoras que querem colocar trancas na web.

A mágica da IA

Em 2017, os computadores demonstrarão a capacidade de aprender e tomar decisões usando seus próprios cérebros. Apoiado por enormes quantidades de dados e investimentos de grandes empresas de tecnologia, um salto nos sistemas de IA que operam assistentes de voz, aplicativos e redes sociais é bem provável. O sistema neural de tradução automática do Google, por exemplo, já pode traduzir frases completas melhor que tradutores de linguagem programada tradicionais. Há até evidências de que ele está aprendendo os fundamentos da própria linguagem. Seja com carros inteligentes, assistentes virtuais ou aplicativos de fotos, a relação dos humanos com as máquinas mudará em 2017.


Por GEOFFREY A. FOWLER e  JOANNA STERN

Geração solar sofre revés e investimento será adiado



O cancelamento do único leilão de energia de reserva (LER) que contrataria energia solar fotovoltaica de 2016 pode resultar na postergação de investimentos de produtores de equipamentos dessa fonte no Brasil.

Inicialmente, o governo federal planejava a realização de dois leilões de reserva no ano passado, contratando energia eólica e solar. As duas disputas acabaram sendo canceladas – a última, marcada para 19 de dezembro, com apenas cinco dias de antecedência.

“O cancelamento foi um sinal preocupante para o setor, veio de forma abrupta”, disse Rodrigo Sauaia, presidente da Associação Brasileira de Energia Solar (Absolar). “Isso gera uma certa frustratação e, mais que isso, também gera perda de credibilidade, pelo fato de o anúncio ter sido feito dessa forma”, completou.

Segundo Nelson Colaferro, fundador da Blue Sol Energia Solar, voltada para geração distribuída, e presidente do conselho da Absolar, a velocidade no ganho de escala do segmento de energia solar pode ser menor por conta desse cancelamento.

Além de postergar investimentos de potenciais fabricantes de equipamentos para a área de energia solar que consideram se instalar no Brasil, o cancelamento também pode atrasar o desenvolvimento da geração distribuída solar no país.

“Estávamos torcendo para os leilões acontecerem, pois isso traria benefícios para a geração distribuída”, disse Pierre-Yves Mourgue, presidente da GreenYellow do Brasil, empresa controlada pelo grupo Casino e especializada em eficiência energética e geração distribuída.

Segundo Mourgue, o setor de geração distribuída não tem o poder de atrair fabricantes para o país, ao contrário daqueles que se concentram em grandes projetos de geração solar centralizada.

Um dos obstáculos para o desenvolvimento de projetos de geração distribuída é justamente o financiamento. Bancos de fomento, por exemplo, exigem percentuais de conteúdo local difíceis de serem atingidos, uma vez que a maior parte dos equipamentos ainda é importada.

“Uma freada nos leilões federais atrasa um pouco isso e dificulta aqueles que precisam buscar uma fonte de financiamento com o BNDES ou outros bancos nacionais”, disse Mourgue.

Segundo Colaferro, a postergação de investimentos no segmento deve acontecer apenas no curto prazo. “Em 2017, o governo vai ter de rever a estratégia e voltar a contratar fontes renováveis, solar e eólica com certeza”, afirmou Colaferro.

Sauaia também aposta no retorno de leilões de energia solar este ano. “Nossa expectativa é que o governo trabalhe para recuperar a confiança do setor solar e dê uma sinalização de clareza, estabelecendo e cumprindo uma meta objetiva de contratação anual para a fonte nos próximos cinco a dez anos”, disse.

Fonte: Valor Econômico

Arivaldo Bispo

domingo, 6 de novembro de 2016

Leilão eólica marcado para o dia 16 de dezembro pode se tornar inviável.



A Abeeólica teme que o esforço de agentes para incluir os estados da Bahia, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul no leilão de energia de reserva (LER) marcado para o dia 16 de dezembro acabe por tornar inviável a realização da concorrência ainda neste ano.

A preocupação levou a associação a enviar um comunicado aos associados, nesta quarta-feira (26/10), pedindo que se considere o impacto sobre o setor como um todo, que precisa vender energia eólica em 2016 – ano que até o momento passa zerado para a fonte.

“Precisamos esclarecer que um potencial adiamento seria, na prática, um cancelamento do leilão. Pois, encerrado o ano de 2016, não se fará, em 2017, contratação 'atrasada' de energia que deveria ter sido contratada em 2016. Leilões realizados em 2017 contratarão energia com base nas demandas estimadas à época dos respectivos leilões. E um suposto LER adiado de dezembro de 2016 cairá por terra, levando a zero a contratação de geração eólica no ano de 2016. Ou seja, 'adiamento' é sinônimo de 'cancelamento', e todos devem estar cientes desta situação”, diz o comunicado, ao qual a Brasil Energia teve acesso.

O entendimento da associação é que essa tentativa de inclusão pode tornar infrutíferos todos os esforços empreendidos ao longo do ano para viabilizar uma concorrência. Pedir que o governo reconsidere a participação dos estados seria, portanto, dar um sinal de que a indústria quer que o leilão seja adiado.

O LER de dezembro, vale lembrar, foi colocado em xeque pelo governo federal no meio do ano. AAbeeólica encomendou um estudo de três consultorias para mostrar ao MME a necessidade de contratação de energia ainda em 2016 e obteve uma sinalização positiva do governo, que finalmente marcou a concorrência. O MME afirma, através da assessoria de imprensa, que não estuda mudar a data do leilão.

Diálogo com os estados

Na semana passada, a Abeeólica enviou carta aos governadores dos três estados excluídos da concorrência – além do Ceará, que também teve uma margem pequena para a disputa. Na correspondência, a associação reconhece a frustração do mercado com a nota técnica ONS/EPE, que considerou nula a margem de escoamento nos estados da BA, RN e RS.

Além disso, se comprometeu com esses estados a liderar uma campanha pela realização do LER 2017, para o qual a margem de transmissão nas regiões excluídas neste ano será maior. Os estados são, não por coincidência, os maiores produtores de energia eólica do país.

Para enfrentar a questão da falta de estrutura de transmissão nos estados, que não é novidade alguma para o setor, a Abeeólica encomendou um estudo para propôr uma reforma do modelo de transmissão, que está sendo realizado pela consultoria PSR.

Nas últimas semanas, os governadores da BA, RN e RS enviaram cartas ao ministro Fernando Bezerra Coelho Filho, pedindo sua reinclusão na concorrência. Os estados não pedem o adiamento do leilão, mas que o ONS refaça o cálculo, considerando autorizações da Aneel que abrem capacidade de transmissão e que foram publicadas dias após a data limite para a análise do operador.

Por sua vez, o ONS afirma que precisaria de pelo menos três meses para fazer o novo cálculo de margem de escoamento. Um dos argumentos do operador para justificar que o processo seja tão longo é que sua equipe está reduzida, segundo fonte a par do assunto. Agentes interessados em que o ONS refaça a nota técnica afirmam que essa reavalização poderia ser feita em menos de um mês.

De qualquer forma, adiar o leilão significaria, na prática, seu cancelamento, na visão da Abeeólica. “A eventual iniciativa de recalcular as margens de escoamento necessariamente resultará no cancelamento do leilão, pois 16 de dezembro é praticamente o ultimo dia útil do ano para fins de leilões”, diz a associação no comunicado.

A interpretação é corroborada pelo presidente da EPE, Luiz Augusto Barroso, que afirmou, após participar da Rio Oil & Gas, no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (26/10), que "esse processo [de análise da margem de escoamento] pode e será aperfeiçoado para os futuros leilões. Só que qualquer aperfeiçoamento que seja implementado agora, necessariamente vai significar o adiamento do leilão, o que é o cancelamento para um leilão feito em 16 de dezembro, porque passaria para o ano seguinte."

Preço-teto para o leilão

A Abeeólica defende de forma intensa a realização de um leilão para manter minimamente um ritmo de encomendas na indústria, em fase de consolidação. Mas mesmo garantindo a realização da concorrência, o sucesso dos projetos não é garantido. É de conhecimento que os estados que poderão participar têm projetos menos atrativos e precisarão de uma remuneração maior para serem viabilizados, em comparação com os excluídos.

O preço-teto que deve ser sugerido para a concorrência, conforme apurou a Brasil Energia, ficará na faixa dos R$ 270/MWh. A avaliação do mercado é de que haverá uma margem disponível de 3 GW, dos quais 1,5 GW podem ser disputados com a fonte fotovoltaica, que também participa da concorrência.

Esse é mais um motivo de preocupação para a associação, que enxerga a possibilidade de o leilão ser mantido apenas para a fonte solar, que acabaria ocupando um espaço que poderia ser das eólicas nas poucas linhas de transmissão disponíveis.

Demanda baixa

O impasse acontece num momento em que o governo tem estudado medidas para reduzir a sobrecontratação das distribuidoras. Um dos leilões obrigatórios, o A-3, inclusive, não foi realizado exatamente por causa da atual conjuntura energética – fechando uma janela de contratações para as eólicas.

Ao mesmo tempo, o MME tem sinalizado que pretende fazer uma "limpeza" nos contratos de energia que podem sofrer atrasos, como os LER de 2014 e 2015 e com as usinas que dependem de fornecimento da Impsa. A limpeza, por outro lado, pode abrir espaço para novas contratações.



Arivaldo Bispo

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Enel inicia a construção do parque eólico Morro do Chapéu - Bahia

Enel Green Power Brasil e Uruguai



A Enel inicia a construção do parque eólico Morro do Chapéu Sul (172 MW), nos municípios de Morro do Chapéu e Cafarnaum, na Bahia. O complexo será capaz de gerar mais de 830 GWh por ano, o suficiente para atender à necessidade de consumo de energia de mais de 320.000 lares brasileiros, evitando a emissão de cerca de 225.000 toneladas de CO2 na atmosfera anualmente. Com a entrada em operação prevista para o primeiro semestre de 2018, a Enel investirá cerca de 380 milhões de dólares na construção de Morro do Chapéu Sul.

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

PEC ENERGIA INVESTIRÁ R$ 1 BI EM PARQUE EÓLICO NA BAHIA



A PEC Energia assinou protocolo de intenções para investir R$ 1 bilhão na implantação de parque eólico em Gentio do Ouro, no centro-norte da Bahia. O parque, de acordo com a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, possui capacidade instalada de 205,85MW e geração de 500 empregos na fase de construção, além de outros 50 na operação.

O protocolo foi assinado pelo titular da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Jorge Hereda, e o diretor da PEC Energia, Gilberto Feldman. A empresa, conforme o estado, aderiu ao Programa ‘Primeiro Estágio, Primeiro Emprego’ criado pelo Governo do Estado.

Segundo Feldman, serão implantados sete parques eólicos na primeira fase do projeto. A previsão é de que o investimento na segunda etapa represente o dobro do que foi destinado à primeira fase. Quando à escolha do estado para instalação do empreendimento, ele disse que “a Bahia tem o maior potencial eólico do Brasil, onde encontramos hoje um dos melhores ventos do mundo”.

Ainda de acordo com Feldman, Gentio do Ouro foi escolhido por ser “município pouco explorado” e “grande potencial eólico”. Está prevista a instalação de uma “nova subestação, que leva o mesmo nome da cidade, [facilitando] o escoamento da energia”.


Fonte:
Publicado em Economia & Negócios
Arivaldo Bispo

A Enel Green Power Brasil e Uruguai iniciou a construção da planta solar Horizonte


A Enel Green Power Brasil e Uruguai iniciou a construção da planta solar Horizonte, em Tabocas do Brejo Velho, na Bahia. A nova usina terá capacidade instalada de 103 MW e, quando concluída, será capaz de gerar mais de 220 GWh por ano, o suficiente para atender às necessidades de consumo de mais de 108.000 lares brasileiros, evitando a emissão de cerca de 129.000 toneladas de CO2 na atmosfera. O Grupo está investindo cerca de 110 milhões de dólares na construção da planta, que deve entrar em operação no segundo semestre de 2017.

Arivaldo Bispo

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

ONU e Veduca lançam curso online gratuito sobre Energias Renováveis com certificação

O curso online foi desenvolvido pelo Observatório de Energias Renováveis para a América Latina e Caribe, da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (ONUDI), visando a promover a formação de profissionais na área de energias sustentáveis.


Em celebração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (ONUDI) e o Veduca – principal plataforma de ensino superior online do Brasil –, lançam o curso online Energias Renováveis, com certificação pela ONUDI. O acesso ao curso é totalmente aberto e gratuito. Os interessados podem se inscrever e estudar no site do Veduca a partir de 5 de junho, acessando www.veduca.com.br/play/7339

O curso foi desenvolvido a pedido do Observatório de Energias Renováveis para a América Latina e Caribe, da ONUDI, por um grupo de conceituadas instituições espanholas formado pela Universidade de Salamanca (USAL), Universidade Politécnica de Madri, Centro de Investigações Energéticas, Ambientais e Tecnológicas (CIEMAT) e pela Fundação Centro de Educação a Distância para o Desenvolvimento Econômico e Tecnológico (CEDDET).

“A carência de profissionais e de cursos voltados para desenvolvimento de energias renováveis é um dos maiores desafios para que a região consiga cumprir as metas de sustentabilidade estabelecidas pela ONU para 2030”, diz Gustavo Aishemberg, representante da ONUDI no Brasil e diretor do Observatório de Energias Renováveis para a América Latina e Caribe. “Nosso objetivo ao oferecer esse programa de capacitação é contribuir para que a região consiga fazer sua parte.”

O programa é destinado a profissionais e estudantes interessados em se capacitar e se aperfeiçoar no tema energias renováveis.

Está organizado em 7 módulos:

Energia e Mudanças Climáticas
Energia Minieólica
O Biogás
Pequenas Usinas Hidrelétricas
Energia Solar Térmica
Energia Solar Fotovoltaica
Eficiência Energética em Edifícios
O curso também está disponível no site do Observatório de Energias Renováveis da ONUDI. Na plataforma do Veduca, o diferencial é que as videoaulas são divididas em partes e acrescidas de séries de quizzes para que o estudante possa testar seus conhecimentos enquanto assiste ao conteúdo. Cada módulo conta também com uma série de materiais complementares, para que o estudante possa se aprofundar em cada um dos temas.

“O aluno conta com uma série ferramentas para melhorar sua experiência de aprendizagem online, como um caderno virtual e o fórum de discussão do curso, onde é possível trocar informações e interagir com outros estudantes”, diz Carlos Souza, CEO do Veduca.

Certificação por módulo

O curso possibilita a certificação, emitida pela ONUDI, Universidade de Salamanca, Universidade Politécnica de Madri, CIEMAT e CEDDET, em cada um dos 7 módulos. O estudante pode optar por se aprofundar e obter o certificado para quantos módulos desejar.

Após acessar o curso e estudar por meio da plataforma do Veduca, os estudantes interessados nas certificações devem realizar uma prova online, além de resolver estudos de caso e exercícios. Para mais informações sobre como obter a certificação, baixe o manual do aluno sobre o curso: http://bit.ly/1nmC59g

A certificação é totalmente gratuita.

Sobre o Observatório de Energias Renováveis para a América Latina e Caribe

O Observatório de Energias Renováveis para a América Latina e Caribe é um programa regional da ONUDI que visa a promover a disseminação das energias renováveis na região. O Observatório tem por missão proporcionar assistência aos setores público e privado para a mobilização necessária de recursos técnicos e financeiros.

Um de seus pilares estratégicos é o treinamento e a educação de recursos humanos locais como ponto fundamental para o desenvolvimento e ampliação dessas tecnologias na região da América Latina e do Caribe.

Sobre o Veduca

No ar desde março de 2012, o Veduca é uma das maiores plataformas de ensino superior online do mundo, com mais de 5.700 aulas de 21 das melhores instituições de ensino, como Harvard, Stanford, Yale, MIT, Berkeley, ONUDI, USP, Unicamp, Unesp e UnB. Desde então, teve mais de 5,6 milhões de acessos, sendo 3 milhões de visitantes únicos. Conta com mais de 390 mil estudantes cadastrados e cerca de 60 mil seguidores nas redes sociais.

Lançou os primeiros MOOCs da América Latina com certificação, em junho de 2013, em parceria com professores da USP e da UnB. Em outubro de 2013, lançou, em parceria com o UniSEB, o MBA em Engenharia e Inovação, primeiro MBA aberto online do mundo, cujo conteúdo, baseado em videoaulas com alguns dos melhores professores do Brasil, pode ser acessado gratuitamente por qualquer pessoa. O Veduca criou também o conceito Programa de Certificação, um pacote pago de benefícios exclusivos e serviços educacionais para auxiliar os estudantes que desejam obter um certificado válido pelo MEC a cumprir o curso com sucesso.

Mais de 16 mil estudantes já acompanham o MBA em Engenharia e Inovação. Em outubro de 2012, a empresa recebeu aporte de 1,5 milhão de reais dos fundos de investimentos Bolt Ventures e 500 Startups, do investidor-anjo Nicolas Gautier e da Macmillan Digital Education – parte do Macmillan Publishing Group. Em outubro de 2013, o mesmo grupo de investidores realizou novo aporte de 1,1 milhão de reais, reforçando sua confiança e satisfação com os resultados da empresa.

Fonte: https://nacoesunidas.org/onu-e-veduca-lancam-curso-online-gratuito-sobre-energias-renovaveis-com-certificacao/

Arivaldo Bispo

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Alternativas de Financiamento Podem Impulsionar Geração Solar Distribuída


2016-08-26 -  Para grandes usinas, leilão e BNDES ainda são determinantes.

São Paulo ­ As fornecedoras de equipamentos para usina solar estão buscando alternativas de financiamento para garantir a expansão do segmento no País. Pouco presente na matriz energética, essa fonte ainda depende muito de subsídios, reconhecem executivos.
A ABB, que possui cinco fábricas no Brasil e fornece equipamentos para usinas, espera alta nas vendas com a ampliação da oferta de financiamento para clientes de geração distribuída, em geral pequenos empreendimentos.

Segundo o gerente de produto solar da ABB no Brasil, Bruno Monteiro, os integradores ­ empresas que demandam produtos da ABB e fornecem a usina completa para o cliente final ­ tem oferecido financiamento junto com instituições financeiras no modelo de leasing.  O objetivo é permitir que clientes possam financiar usinas em um prazo maior.

"Isso permite que o aporte na usina solar seja mais atrativo que continuar pagando a conta de luz comum. É possível, por exemplo, estabelecer um valor de parcela do financiamento próximo ao que o cliente paga em sua conta de luz", destacou Monteiro.

O modelo de financiamento, já difundido nos Estados Unidos, pode ser decisivo para a expansão da geração solar  distribuída no Brasil, afirmou o executivo da ABB. Mas ele
não descartou a possibilidadede novas modalidades de custeio surgirem no mercado, como o consórcio dessas usinas.
"O segmento estava muito limitado a empresas com grande capacidade de desembolso, mas com essas alternativas é possível atingir consumidores em mais faixas da pirâmide".

A ABB tem ainda produtos enquadrados no Financiamento de Máquinas e Equipamentos (Finame), linha de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) que ajuda a subsidiar a
compra de itens fabricados no País com taxas de juros menores.

Grande porte

Para os grandes empreendimentos, como usinas as ofertadas em leilões, esses subsídios do BNDES continuam sendo a principal fonte de estímulo à expansão, comentou o diretor do grupo setorial de sistemas fotovoltaicos da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Ildo Bet.

"Tudo (em usina solar) vai ter Finame, não se enganem. Os módulos com fabricação local, por exemplo, ainda são muito caros, mas o financiamento do BNDES pode fazer valer a pena comprar,
mesmo que com um preço um pouco maior, o produto em grande quantidade fabricado aqui."

A mesma avaliação é feita pelo engenheiro de projetos da Yaskawa, Rafael Prebianchi. "A maior parte das empresas que participam dos leilões precisa do BNDES para ajudar a financiar a compra de
equipamentos e estamos atentos para essa demanda", contou ele.

A Yaskawa apresentou nesta semana seus primeiros inversores para usinas solares no Brasil. O produto foi trazido da unidade norte­americana da companhia, passou por adaptações para atender às normas locais e pode ser aplicado em usinas de grande porte.

"O foco agora é atender a demanda gerada por leilões de reserva que já ocorreram, mais o previsto para este ano", disse Prebianchi. Os inversores da empresa devem ser enquadrados no Finame em
novembro e enviados para avaliação final das unidades da Yaskawa nos Estados Unidos e Japão em dezembro.
Todo o processo de certificação da empresa está previsto para terminar até março de 2017, quando a produção dos inversores na fábrica de Diadema (SP) terá início.

"No segundo semestre de 2017, a empresa vai introduzir o produto para aplicação comercial de geração distribuída e o objetivo é que o volume de produção cresça no mínimo 100 megawatts (MW) em 2017 e 500 MW no mínimo em 2018", revelou a gerente de negócios internacionais da companhia, Mercedes Boue.

Jéssica Kruckenfellner

Arivaldo Bispo


domingo, 28 de agosto de 2016

Estado Baiano Dispara e Vence 12 Projetos em Leilão de Energia Solar

Líder na geração de energia solar, estado é o ganhador do maior número de projetos. Usinas fotovoltaicas vão ampliar produção de energia limpa, podendo atender a 12 milhões de pessoas.

Com 12 projetos vencedores durante o último leilão de energia solar fotovoltaica, que aconteceu na sexta-feira (28/8), a Bahia confirma liderança na produção de energia elétrica a partir de fontes renováveis.
O processo de diversificação de fontes energéticas está sendo intensificado, e os novos projetos vão expandir o potencial gerador do estado. Com capacidade de geração de 324,8 megawatts (MW), os projetos vão gerar acréscimo de R$ 1,5 bilhão no setor.  
Durante o primeiro Leilão de Energia da Reserva (LER) de 2015, realização da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), através da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), 30 projetos saíram vencedores.
A Bahia disparou na frente, seguida por Piauí (9 projetos), Minas Gerais (5 projetos ), Paraíba (3 projetos) e Tocantins (1 projeto), totalizando uma potência de 833,8 MW.
O estado é um verdadeiro destaque no setor. “Com a contratação de novos empreendimentos de geração baseados na fonte solar, a Bahia reforçará a sua performance como geradora e exportadora de energia elétrica no quadro nacional, atraindo empreendedores e incentivando a cadeia produtiva da indústria de equipamentos e serviços ligados a esse setor, a exemplo do caminho percorrido pela energia eólica”, afirma o secretário de Infraestrutura, Marcus Cavalcanti.
As futuras usinas devem ser instaladas prioritariamente na região do semiárido, em cidades como Bom Jesus da Lapa, Sobradinho, Tabocas do Brejo Velho, Irecê, Brejolândia, Oliveira dos Brejinhos, com potencial para atender uma população de aproximadamente 12 milhões de pessoas.
Tendo o sol como fonte para a produção dessa energia, as usinas fotovoltaicas da Bahia, 29 em operação comercial, tem capacidade instalada de 2,71 MW. Outras 14 usinas, vencedoras do leilão de energia de 2014, terão capacidade de geração de 339,7 MW.
O LER, operacionalizado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), apresentou um deságio médio de 12,17%. O preço teto do leilão foi R$ 349/MWh e valor médio da energia comercializada no certame foi R$ 301,64 /MWh.
Para o segundo Leilão de Reserva de 2015, que será em novembro, as perspectivas da Bahia no setor de energias renováveis é muito grande.
Dos 730 projetos de eólica (17.964 MW), 243 são da Bahia; enquanto dos 649 empreendimentos de energia solar (20.953 MW), 192 são baianos, totalizando, solar e eólica, mais de 12 mil MW.
Mapa Solarimétrico
A Bahia, através da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), em conjunto com a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) está em tratativas da contratação do Atlas Solarimétrico do Estado, ferramenta que auxilia a identificação das áreas mais promissoras para a construção de usinas solares.
Até o final de 2015 o primeiro esboço da ferramenta ser apresentado. Atualmente, a base de dados tida como referencial é o Relatório de Garantia Física de Energia, da ANEEL.
Energia dos Ventos
Com 37 usinas eólicas em operação, a Bahia é contemplada por uma capacidade instalada de 959,29 MW. Outras 41 usinas estão em construção, com capacidade a ser
instalada de 1.014,5 MW. O estado tem hoje 125 usinas com construção ainda não iniciadas, com capacidade a ser instalada de 2.679,9 MW.
De acordo com o Atlas Eólico da Bahia, publicado em 2013, o estado possui um potencial de 195 MW a altura de 150m, com velocidade do vento superior a 7,0 m/s.
De acordo com dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), no primeiro semestre de 2015, a Bahia produziu, em média, 463 MW de energia eólica, à frente do Ceará (362 MW) e do Rio Grande do Sul (287 MW), ficando atrás apenas do Rio Grande do Norte (650 MW), representando um aumento de 91% em relação ao montante gerado no mesmo período de 2014.


Fote: EPE, Correio da Bahia

Arivaldo Bispo

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Potencial Eólico na Bahia. Análises e Diagnósticos


Potencial Eólico na Bahia.  Análises e Diagnósticos: Potencial Eólico da Bahia; Potencial Eólico Offshore; Fatores Sazonais e Diurnos;  Áreas Promissoras: Sobradinho, Sento, Sé e Casa Nova; Região das Serras Azul e do Açuruá; Morro do Chapéu; Serra do Estreito; Serra do Tombador; Serra do Espinhaço; Novo Horizonte, Piatã, Ibitiara e Brotas de Macaúbas.



Arivaldo Bispo

domingo, 7 de agosto de 2016

CEASE - CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM AUTOMAÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS



VISÃO GERAL
Promovido em parceria com o Inatel – Instituto Nacional de Telecomunicações, o curso teve 80% de seu conteúdo atualizado, com 35% da carga horária direcionada a atividades práticas.
Consiste de 6 módulos e 16 disciplinas, focados na área de automação de sistemas elétricos, contando com a participação de professores do INATEL, especialistas da SEL e a colaboração de reconhecidos profissionais da área.
O CEASE é um curso de de pós-graduação lato sensu criado e desenvolvido para a atualização e a especialização de profissionais graduados em Tecnologia ou Engenharia nas áreas de Elétrica, Eletrônica, Telecomunicações, Controle e Automação, Computação ou similares.
As áreas relacionadas passam por constante processo de evolução tecnológica, o que ocorre a taxas muito altas. O dinamismo dessas áreas faz com que os profissionais precisem estar em constante processo de atualização para se manterem em sintonia com o estado da arte em sua área de atuação, satisfazendo os requisitos do competitivo mercado de trabalho.
O CEASE oferecer um mecanismo eficaz para a atualização permanente dos profissionais do setor, com uma visão sistêmica de diversos tópicos, alicerçada nos sistemas elétricos de potência, nas tecnologias de informação para automação desses sistemas e na integração dos processos elétricos. Ademais, auxilia profissionais interessados a ingressar em uma nova carreira, movimento muitas vezes necessário em função da integração entre as diversas áreas tecnológicas.
Com a capacitação oferecida, os seguintes benefícios são esperados:
  • Conhecer os dispositivos envolvidos na automação de subestações, tais como plataformas computacionais e acessórios, hubs, switches, routers, modems, relés, multimedidores, dispositivos de monitoramento de equipamentos de SEs, processadores de comunicação, concentradores, controladores, gateways, etc;
  • Conhecer das topologias aplicadas nos sistemas de automação de SEs;
  • Conhecimento dos conceitos de SOE – Sequenciamento de Eventos, GPS – Global Positioning Systems, IRIG-B Inter Range Instrumentation Group – B, NTP – Network Time Protocol, PTP – Precision Time Protocol;
  • Obter visão sobre os diversos protocolos de comunicação de mercado (IEC 61850 GOOSE, IEC 61850 Sampled Values e IEC 61850 MMS, DNP Serial e LAN, Modbus RTU e TCP, IEC 101/104, etc) aplicado em subestações de energia;
  • Ter conhecimento da estrutura para construção de um sistema de automação compreendendo configuração de IEDs, concentradores de dados elaboração de base de dados do SCADA – Supervisory Control and Data Acquisition;
  • Projetar e implementar estratégias de controle para equipamentos de sistemas elétricos de potência;
  • Conhecer os métodos atuais para garantir a disponibilidade, confiabilidade e segurança das redes de comunicação de subestação;
  • Dominar os fundamentos das tecnologias e métodos empregados no campo da automação de sistemas elétricos;
  • Identificar os principais requisitos de segurança cibernética em redes de automação;
  • Projetar esquemas de segurança cibernética por camadas;
  • Avaliar, em situações reais, a viabilidade econômica e técnica das possíveis alternativas de automação para usinas, subestações e redes de distribuição de energia elétrica;
  • Conhecer e operar sistemas de supervisão, proteção e controle para aplicações em usinas, subestações e redes de distribuição de energia elétrica;
  • Aplicar e conhecer as principais normas regulatórias do setor, para aplicação no desenvolvimento de novas soluções e conceitos para a área;
  • Desenvolver um projeto completo de uma subestação;
  • Proporcionar visão ampla e multidisciplinar em automação de sistemas elétricos de potência, abrangendo usinas, subestações, redes de distribuição de energia elétrica, recuperação de falhas, segurança, telecomunicações aplicadas ao sistema elétrico, sincronismo temporal, dentre muitos outros temas;

MÓDULO INTERNACIONAL (OPCIONAL)

Clique aqui para mais informações sobre o Módulo Internacional do CEASE.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

O curso de pós-graduação, latu sensu, possui uma carga horária de 400 horas, sendo duas disciplinas optativas com carga horária de 8 e 24 horas, totalizando 32 horas optativas. Não está computado o tempo para elaboração do Trabalho de Conclusão do Curso(TCC), que deverá ser entregue pelos alunos, em conformidade com o regulamento do curso.
Está organizado em seis módulos distintos relacionados a seguir. Para detalhes das disciplinas, clique nos módulos para expandir o conteúdo:
Módulo I: Introdução para Automação de Sistemas Elétricos (56h)
  • Usinas, Subestações, Redes de Distribuição de Energia e Sistemas (16h)
  • Nivelamento e Conceitos Básicos de Proteção de Sistemas Elétricos (24h)
      Aulas práticas:
    • Simulação dos conceitos sobre processamento digital de sinais
    • Simulação de estruturas de filtragem
    • Simulação de um filtro
    • Simulação de fasor, número complexo e trigonometria aplicados à proteção
    • Simulação da transformada de Fourier aplicada aos relés de proteção
    • Aplicações da filtragem digital em relés de proteção
  • Básico de Comunicação em Subestações (16h)
Módulo II: Técnicas de Proteção, Controle Local, Medição e Monitoramento de Sistemas Elétricos (48h)
  • Filosofias de Proteção e Conceitos de Medição do Sistemas Elétricos de Potência (24h)
      Aulas práticas:
    • Demostração prática no relé de sobrecorrente e proteção de transformadores
    • Demostração prática de elemento direcional e distância
    • Demostração prática de proteção de motores
  • Nivelamento e Lógicas de Proteção e Controle (24h)
      Aulas práticas:
    • Circuitos lógicos sequenciais: Latches, Flip-Flops
    • Circuitos lógicos combinacionais e sequencias: prática em relés
    • Desenvolvimento de Esquemas lógicos Típicos
Módulo III: Técnicas de Redes e Telecomunicações para Sistemas Elétricos (104h)
  • Redes de Subestação (40h)
      Aulas práticas:
    • Introdução ao cabeamento estruturado – Padrão EIA/TIA 568
    • Configuração da infra de rede: endereçamento dos hosts, testes com ICMP e funcionamento do ARP
    • Configuração básica de switches
    • Configuração de VLANs
    • Configuração roteamento entre VLANs
    • Configuração básica de roteadores
    • Listas de controle de acesso (ACLs)
  • Redes e Telecomunicações para o Sistema elétrico de Potência (24h)
      Aulas práticas:
    • Realização de um projeto de arquitetura de rede de telecomunicações entre subestações
  • Redes de Comunicação de Alta Disponibilidade para Automação de Subestações (40h)
      Aulas práticas:
    • Configuração de Firewall
    • Configuração de controle de acesso e servidor de logs
    • Testes de vulnerabilidade
    • Prática de sincronismo temporal
    • Prática com priorização de pacotes e VLAN: teste e análise de desempenho da rede
    • Prática com RSTP: configuração e análise
    • Prática SDN: configuração e análise
Módulo IV: Protocolos para Supervisão, Controle e Proteção de Sistemas Elétricos de Potência (88h)
  • Protocolos de Comunicação SCADA (40h)
      Aulas práticas:
    • Configuração dos ponto DNP3
    • Configuração de controle
    • Análise do protocolo
    • Configuração com conversor de protocolos
    • Utilização do protocolo serial IEC61870-5-101
    • Utilização do protocolo TCP/IP IEC60870-5-104
  • Norma IEC 61850 (48h)
      Aulas práticas:
    • Pacote GOOSE, características e parâmetros (campos)
    • Comportamento e transmissão de GOOSEs
    • Infraestrutura da Subestação: Configuração, Testes e Análise
    • Captura e Análise de Tráfego na Subestação: Testes e Análise
    • Apresentação do acSELerator Architect
    • Simulação de uma falha 52BF com IEC 61850: Configuração
    • Simulação de uma falha 52BF com IEC 61850: Testes
    • Simulação de uma falha 52BF com IEC 61850: Análise
    • Pacote SV, características e parâmetros (campos)
    • Comportamento e transmissão de SVs
    • Serviços Básicos
    • Processo de Self-Description
    • Processos de polling e reporte
    • Relatórios bufferizados e não-bufferizados (Buffered and Unbuffered Reports)
    • Configuração dos pontos MMS
    • Apresentação de um cliente IEC 61850 (SISCO, Action View, RELAB, RTAC ...)
    • Mapeamento dos pontos MMS no RTAC: Configuração, testes e análise
    • Integração Action View, MMS e GOOSE
    • Principais arquivos e estrutura
    • Adição e edição de Nós Lógicos em arquivos CID
    • Configuração de VLANs
Módulo V: Sistemas de Supervisão, Proteção e Controle de Sistemas Elétricos (48h)
  • Sistemas de Supervisão, Proteção e Controle de Subestações (32h)
      Aulas práticas:
    • Descrição da ferramenta (SCADA) adotada no treinamento. Ambiente, plataforma e banco de dados
    • Instalação. Características de redundância hotstandby, orientação a objetos, derivação de grupos com propriedades e métodos
    • Estruturação do banco de dados, seguindo a orientação a objetos, conforme definido na aplicação
    • Definição de regionais, sistemas, grupos e varáveis
    • Definição dos grupos de base
    • Módulos configurador, tempo real e emulador de campo
    • Telas do Processo
    • Configuração de canal e protocolos de comunicação. DNP3 e MMS
    • Elaboração de unifilares e telas. Objetos de visualização
    • Ligação entre protocolo, banco de dados e objetos de visualização
    • Utilização do SCADA configurado para varredura de informações nos IED´s e exibição das mesmas nos unifilares e telas de visualização em tempo real
    • Configuração de uma TAL – Transferência Automática de Linha
    • Definição das lógicas
    • Programação do Servidor Inteligente de Subestação
    • Observação das lógicas em operação
  • Sistemas de Supervisão Complementares para Subestações (16h)
      Aulas práticas:
    • Implementação de um sistema de coleta automática de oscilografias
    • Implementação de um sistema de medição sincronizada de fasores
    • Confecção de um texto científico
Módulo VI: Projeto, Implementação e Pesquisa em Sistemas Elétricos (24h)
  • Metodologia Cientifica (8h)
  • Projetos e implantação de sistemas em subestações (16h)
      Aulas práticas:
    • Desenvolvimento de um projeto
    • Implementação de um projeto
Disciplinas Optativas (32h)
  • Automação de Usinas Hidrelétricas (8h)
  • Noções de Sistemas Inteligentes (24h)
      Aulas práticas:
    • Implementação de sistema fuzzy em software
    • Projeto e utilização de redes neurais artificiais

REQUISITOS DO CURSO

PÚBLICO-ALVO
O curso destina-se a profissionais graduados em Tecnologia ou Engenharia nas áreas de: Elétrica, Eletrônica, Telecomunicações, Controle e Automação, Computação ou similares. O curso, porém, é mais recomendado para pessoas que já trabalham no setor elétrico, preferencialmente engenheiros eletricistas, de controle e automação e telecomunicações, que tenham interesse em atuar ou que já atuam na área de automação de sistemas elétricos em: concessionárias de energia (geradoras, transmissoras e distribuidoras), órgãos de fiscalização e/ou regulamentação (ANEEL, ONS, etc.), consultoras, indústrias e fabricantes.

PERIODICIDADE E CARGA HORÁRIA

O curso tem duração de 2 anos, com carga horária de 368 horas e mais 32 horas de disciplinas optativas, disponibilizando aos alunos um total de 400 horas.
As aulas são ministradas aos sábados (de 2 a 3 sábados por mês), das 08h30 às 12h30 e das 13h30 às 17h30, na cidade de Campinas/SP, nas dependências da SEL.

INVESTIMENTO

24 mensalidades de R$ 1.200
As matrículas realizadas até 01/02/2016 terão desconto - 24 mensalidades de R$ 1.140

LIVROS INCLUSOS

CORPO DOCENTE

O corpo docente do curso é formado, em sua maioria, por professores mestres e doutores, e está resumido na tabela a seguir.
DocenteTitulaçãoCurrículo Lattes
Alexandre Baratella LugliDoutorhttp://lattes.cnpq.br/5881767597296521
André MarraEspecialistahttp://lattes.cnpq.br/3441067361253609
Carlos Alberto YnogutiDoutorhttp://lattes.cnpq.br/5678667205895840
Edson Josias Cruz GimenezMestrehttp://lattes.cnpq.br/3191917390407147
Estevan Marcelo LopesDoutorhttp://lattes.cnpq.br/5251879405758178
Fabio LolloEspecialistahttp://lattes.cnpq.br/5924010862502297
Geraldo RochaEspecialistahttp://lattes.cnpq.br/0709600562124776
Guilherme Pedro AquinoMestrehttp://lattes.cnpq.br/4326726035182582
João Paulo C. HenriquesMestrehttp://lattes.cnpq.br/1087198355857090
José Geraldo PaivaMestrehttp://lattes.cnpq.br/1738307899361032
Ricardo AbboudEspecialistahttp://lattes.cnpq.br/9042541907778115
Wanderson E. SaldanhaEspecialistahttp://lattes.cnpq.br/9042541907778115
Wellington OliveiraEspecialistahttp://lattes.cnpq.br/2854880880280726
Yona LopesMestrahttp://lattes.cnpq.br/0051460077973814
Yvo Marcelo Chiaradia MasselliDoutorhttp://lattes.cnpq.br/5472065053345636

CRITÉRIOS DE SELEÇÃO

Conforme artigo 7º do Regulamento do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu:
Art. 7º – A seleção dos candidatos será feita por uma Comissão de Seleção, designada pelo Coordenador do curso, com base nas seguintes informações do candidato:
I. Resultados acadêmicos obtidos no(s) seu(s) curso(s) de graduação.
II. Experiência profissional.
III. Capacidade individual de desenvolver trabalho de pesquisa.
Parágrafo 1º – A critério da Comissão de Seleção, o processo de escolha dos candidatos poderá incluir entrevistas individuais, exames de conhecimento na área de interesse ou outros procedimentos julgados necessários.
Parágrafo 2º – Havendo disponibilidade de vagas poderão ser admitidos, também por seleção candidatos que queiram cursar módulos isolados, na condição de aluno especial.
Parágrafo 3º – A decisão da Comissão de Seleção é soberana e irrecorrível.
Pré-requisito: Artigo 2º do Regulamento:
Art. 2º – As disciplinas do curso serão ministradas em nível de pós-graduação, para alunos com formação universitária já concluída e com bases científica e matemática necessárias para o acompanhamento do curso.

CERTIFICAÇÃO

O certificado de conclusão do curso é emitido pelo INATEL - Instituto Nacional de Telecomunicações, após o aluno ter completado todos os créditos com o aproveitamento definido no Regulamento do curso. O certificado do curso é registrado na Seção de Registros Acadêmicos do INATEL onde é depositada e controlada toda a documentação do curso.

Fonte: https://selinc.com/pt/selu/courses/CEASE/


Arivaldo Bispo

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Parque Eólico Cristalândia Municípios, Brumado, Rio de Contas e Dom Basílio, na Bahia.



A Enel Green Power acaba de finalizar a concretagem da primeira base de aerogerador do parque eólico Cristalândia . Localizado no interior da Bahia, o Parque terá 35 aerogeradores e capacidade total instalada de 90 MW. Uma vez concluído, Cristalândia será capaz de gerar mais de 350 GWh por ano, o suficiente para satisfazer as necessidades de consumo anuais de mais de 170.000 domicílios brasileiros, evitando a emissão de cerca de 118.000 toneladas de CO2 para a atmosfera.

Este é o sexto parque eólico do grupo Enel na Bahia, onde já opera 264 MW de capacidade de energia eólica e está atualmente construindo o projeto eólico Delfina, de 180 MW, além da usina solar fotovoltaica Ituverava, com 254 MW, e o parque solar Lapa, de 158 MW. A empresa conquistou mais 172 MW de capacidade eólica e 103 MW de capacidade fotovoltaica na Bahia, por meio de leilões públicos.

A subsidiária brasileira renovável do Grupo Enel tem atualmente uma capacidade instalada total de 546 MW, dos quais 401 MW são de energia eólica, 12 MW de energia solar fotovoltaica e 133 MW de energia hídrica. Além disso, a empresa tem projetos de 442 MW de energia eólica, 102 MW de energia hídrica e 807 MW de energia solar atualmente em execução.

Fonte: Enel Green Power

Arivaldo Bispo